O Norte do Paraná, uma região de terra roxa, muito fértil, era, até poucas décadas, uma extensa floresta. A colonização espontânea foi marcada pelo arrojo de homens saídos de Minas Gerais ou de São Paulo, que foram chegando à área de Cambará, entre 1904 e 1908. Rapidamente, a faixa entre Cambará e o Rio Tibagi – uma linha que representaria o futuro percurso da ferrovia São Paulo-Paraná – foi tomada por grandes propriedades cujos donos, via de regra, as subdividiam em pequenas parcelas vendidas como lotes urbanos ou rurais.
Enquanto isso, vastas áreas de terra roxa de domínio estadual, localizadas a Oeste do Rio Tibagi, permaneciam praticamente inexploradas, sofrendo os efeitos de um lento e ineficaz plano de colonização do governo. Em 1920, percebia-se uma séria frustração nas expectativas de ocupação da área, em virtude da morosidade do Estado.
A partir de 1922, o governo estadual começa a conceder terras a empresas privadas de colonização, preferindo usar seus recursos na construção de escolas e estradas. Em 1924, inicia-se a história da Companhia de Terras Norte do Paraná, subsidiária da firma inglesa Paraná Plantations Ltd., que deu grande impulso ao processo desenvolvimentista  na  região norte.
Naquele ano, atendendo a um convite do governo brasileiro – que sabia do interesse dos ingleses em abrir áreas para o cultivo de algodão no exterior – chega a Missão Montagu, chefiada por Lord Lovat, técnico em agricultura e reflorestamento. Lord Lovat ficou impressionado com a exuberância do solo norte-paranaense e acabou adquirindo duas glebas para instalar fazendas e máquinas de beneficiamento de algodão, com o apoio da “Brazil Plantations Syndicate”, de Londres.
O empreendimento fracassou, devido aos preços baixos e à falta de sementes sadias no mercado, obrigando a uma mudança nos planos. Foi criada, assim, em Londres, a Paraná Plantations e sua subsidiária brasileira, a Companhia de Terras Norte do Paraná, que transformaria as propriedades do empreendimento frustrado em projetos imobiliários.
Já de início, a Companhia concedeu todos os títulos de propriedade da terra, medida inusitada para as condições da região e mesmo do Brasil. Por isso, os conflitos entre colonos antigos e os recém-chegados praticamente não existiram na zona colonizada pelos ingleses.
Porém, a grande novidade introduzida pela Companhia e que lhe valeria o “slogan” de “a mais notável obra da colonização que o Brasil já viu” foi a repartição dos terrenos em lotes relativamente pequenos. Os ingleses promoveram, desta forma, uma verdadeira reforma agrária, sem intervenção do Estado, no Norte do Paraná, oferecendo aos trabalhadores sem posses a oportunidade de adquirirem os pequenos lotes, já que as modalidades de pagamento eram adequadas às condições de cada comprador.
Este sistema estimulou muito a concentração da produção – principalmente cafeeira, a explosão demográfica, a expansão de núcleos urbanos e o aparecimento de classes médias rurais.
O projeto de colonização, além disto, trouxe outras inovações, como a propaganda em larga escala, transporte gratuito para os colonos, posse das terras em quatro anos, alguma assistência técnica e financeira, levantamento de toda a área e até o mapeamento do solo em algumas zonas.
Londrina surgiu em 1929, como primeiro posto avançado deste projeto inglês. Na tarde do dia 21 de agosto de 1929, chegou a primeira expedição da Companhia de Terras Norte do Paraná ao local denominado Patrimônio Três Bocas, no qual o engenheiro Dr. Alexandre Razgulaeff fincou o primeiro marco nas terras onde surgiria Londrina.
O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres – “pequena Londres”, pelo Dr. João Domingues Sampaio, um dos primeiros diretores da Companhia de Terras Norte do Paraná.

Elevado à categoria de município com a denominação de Londrina, pelo Decreto Estadual n.º 2.519, de 03-12-1934, desmembrado do município de Jataí. Sede no atual distrito de Londrina (ex-povoado). Constituído do distrito sede. Instalado em 10-12-1934.
Pela Lei Estadual n.º 191, de 09-10-1937, é criado o distrito de Nova Dantzig e anexado ao município de Londrina.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1937, o município é constituído de 2 distritos: Londrina e Nova Dantzig.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 7.573, de 20-10-1938, foram criados os distritos de Marilândia e Rolândia, com terras desmembradas do distrito de Nova Dantzig e anexados ao município. Pelo mesmo Decreto-lei, Londrina adquiriu do município de Tibagi os distritos de São Sebastião e São Roque.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: Londrina, Marilândia, Nova Dantzig, Rolândia, São Roque e São Sebastião.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 199, de 30-12-1943, é desmembrado do município de Londrina o distrito de Rolândia. Elevado à categoria de município com a denominação de Caviúna. Pelo mesmo Decreto-lei, os distritos de Nova Dantzig, Marilândia e São Roque tomaram a denominação, respectivamente, Cambé, Ararauva e Tamarana. E ainda, o distrito de São Sebastião foi transferido de Londrina com a denominação de Faxinal, para constituir o novo município de Apucarana.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Londrina, Araruva (ex-Marilândia), Cambé (ex-Nova Dantzig) e Tamarana (ex-São Roque).
Pela Lei Estadual n.º 2, de 10-10-1947, é desmembrado do município de Londrina o distrito de Cambé. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Londrina, Araruva e Tamarana.
Pela Lei Estadual n.º 790, de 14-11-1951, é criado o distrito de Irerê e anexado ao município de Londrina. Pela Lei Estadual acima citada, são desmembrados do município de Londrina os distritos de Araruva e Tamarana, para constituir o novo município de Araruna.
Pela Lei Estadual n.º 1.175, de 21-07-1953, Londrina adquiriu do município de Araruva o distrito de Tamarana.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Londrina, Irerê e Tamarana.
Pela Lei Municipal n.º 282, de 11-11-1955, foram criados os distritos de Guaravera e São Luis, ambos (ex-povoados), o primeiro criado com terras desmembradas do distrito de Tamarana o segundo com terras desmembradas do distrito de Irerê e anexados ao município de Londrina.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 5 distritos: Londrina, Guaravera, Irerê, São Luís e Tamarana.
Pela Lei Estadual n.º 4.783, de 29-11-1963, é criado o distrito de Lerroville e anexado ao município de Londrina.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 6 distritos: Londrina, Guaravera, Irerê, Lerroville, São Luís e Tamarana.
Pela Lei Estadual n.º 4.992, de 21-12-1964, foram criados os distritos Paiquerê e Warta e anexados ao município de Londrina.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 8 distritos: Londrina, Guaravera, Irerê, Lerroville , Paiquerê, São Luís, Tamarana e Warta.
Pela Lei Estadual n.º 6.914, de 02-09-1977, é criado o distrito de Maravilha e anexado ao município de Londrina.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 9 distritos: Londrina, Guaravera, Irerê, Lerroville, Maravilha, Paiquerê, São Luís, Tamarana e Warta.
Assim permencendo em divisão territorial datada de 1993.
Pela Lei Estadual n.º 11.224, de 13-12-1995, é desmembrado do município de Londrina o distrito de Tamarana. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído de 8 distritos: Londrina, Guaravera, Irerê, Lerroville, Maravilha, Paiquerê, São Luís e Warta.
Assim permencendo em divisão territorial datada de 2007.