Paraty / Rio de Janeiro - RJ
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Gentilico: paratiense
Aniversário: 28 de fevereiro
Histórico
A data de fundação de Paraty diverge de historiador para historiador. Uns falam que em 1540/1560 já havia um núcleo devotado a São Roque no Morro da Vila Velha (hoje Morro do Forte); outros, de 1597, quando Martim Corrêa de Sá empreende uma expedição contra os índios Guaianás do Vale do Paraíba; alguns outros, de 1600, quando havia um povoamento de paulistas da Capitania de São Vicente; e alguns mais, 1606, quando da chegada dos primeiros sesmeiros da Capitania de Itanhahém que, acredita-se, venha a ser a origem do povoamento como, grosso modo, foi o sistema de Capitanias Hereditárias à base da exploração dos bens naturais, defesa e fixação do homem à terra no Brasil.
De todo modo, pode-se afirmar que, no início do século XVII, além dos índios guaianases, já havia um crescente grupo de “paratianos” estabelecidos por aqui.
Por volta de 1640 o núcleo chamado Paratii foi transferido para onde hoje se situa o centro histórico, em “légua e meia de terra entre os rios Paratiguaçu (hoje Perequê-Açu) e Patitiba” doadas por Maria Jácome de Mello. Esta, ao fazer a doação, teria imposto duas condições: que a nova capela fosse feita em devoção a Nossa Senhora dos Remédios e que se guardasse a segurança dos gentios guaianases.
Em 1660, o florescente povoado se rebela exigindo a separação de Angra dos Reis e elevação à categoria de Vila. Surgia em 1667 a Villa de Nossa Senhora dos Remédios de Paratii. Convém salientar que Paraty foi a primeira cidade brasileira a ter sua autonomia política decidida por escolha popular.
Decaindo a extração e exportação do ouro, em meados do século XVIII, Paraty vai perdendo importância.
Com o ciclo do café, a partir do século XIX, a cidade revive, temporariamente, seus prósperos dias de glórias coloniais. A produção de pinga e derivados da cana também ajudou na economia local. Foi nesta época que Paraty virou sinônimo de pinga. No século XVIII, a cidade chegou a ter mais de 200 engenhos de pinga e casas de moenda.
Em 1870, devido à abertura de um novo caminho – desta feita ferroviário – entre Rio e São Paulo, através do Vale do Paraíba, a antiga trilha de burros pela Serra do Mar perdeu sua função, afetando de forma intensa a atividade econômica de Paraty como um todo.
Um segundo fator de decadência do comércio e da cidade foi a Abolição em 1888, causando um êxodo tal que, dos 16 000 habitantes existentes em 1851, restaram, no final do século XIX, apenas “600 velhos, mulheres e crianças” isolando Paraty definitivamente do país por décadas.
Enquanto abriam-se estradas pelo resto do país, continuava se chegando a Paraty como na época Colonial: de barco, vindo de Angra dos Reis ou, a partir de 1950, por terra, via Cunha, em estrada que só comportava movimento quando não chovia e que aproveitava em parte o trecho da velha estrada do ouro e do café.
Este isolamento involuntário foi, paradoxalmente, o que preservou não só a estrutura arquitetônica urbana da cidade como também seus usos e costumes.
Fonte: PARATY (RJ). Prefeitura. Disponível em: https://www.paraty.rj.gov.br/a-cidade/sobre. Acesso em: 16 out. 2023.
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de Parati, por Carta Regia de 28-02-1667, e pelos Decretos Estaduais n.ºs 1, de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892.
Elevado a categoria de vila com a denominação de Parati, por Carta Régia supracitada. Sede na vila de Parati. Constituído do distrito sede.
Pela Lei Provincial n.º 63, de 17-12-1836, é criado a freguesia de São João Batista de Mamanguá e anexado a vila de Parati.
Pelo Decreto Provincial n.º 658, de 14-10-1853, o distrito de São João Batista de Mamanguá passou a denominar-se Parati Mirim.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Parati, pela Lei Provincial n.º 302, de 11-03-1844, e confirmado pelo Decreto Estadual de n.º 28, de 03-01-1890.
Pela Lei Estadual n.º 849, de 27-10-1908, é criado o distrito de São Gonçalo e anexado ao município de Parati.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município de Parati é constituído de 3 distritos: Parati, Parati Mirim (ex-São João Batista de Mamanguá) e São Gonçalo.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-Xll-1936 e 31-Xll-1937.
Pelo Decreto Estadual n.º 641, de 15-12-1938, o distrito São Gonçalo passou a denominar-se Humaitá.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Parati, Paraty-Mirim e Humaitá (ex-São Gonçalo).
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.056, de 31-12-1943, o distrito de Humaitá passou a denominar-se Tarituba.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Parati, Parati Mirim e Tarituba (ex-Humaitá).
Pela Lei n.º 1.553, de 22-03-2007, o município passou a ser grafado como Paraty.
Em divisão territorial de 2009, o município é constituído de 3 distritos: Paraty, Parati Mirim e Tarituba.
Assim permanecendo em divisão territorial de 2015.
Em divisão territorial de 2017, o município é constituído de 3 distritos: Paraty, Paraty-Mirim e Tarituba.
Assim permanecendo em divisão territorial de 2022.
Região Geográfica
Microregião: Baía da Ilha Grande
Mesoregião: Sul Fluminense
UF: Rio de Janeiro
Região: Sudeste