Santo Antônio de Pádua / Rio de Janeiro - RJ
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Gentilico: paduano / paduense
Aniversário: 13 de junho
Histórico
A cidade de Santo Antônio de Pádua, foi fundada por Frei Florido de Città di Castelli (da Cidade de Castelos) no dia 26 de julho de 1833. Acrescentando, ainda, que o consolidador de sua fundação foi Frei Bento Giovanni Benedetta Libilla, Bento de Gênova como assinava e era conhecido. Considerando que o documento mais antigo de que se tem notícia que consta na história de Santo Antônio de Pádua é a escritura, passada em cartório, da doação das terras a Frei Florido de Città di Castelli feita por João Francisco Pinheiro e sua mulher, Maria Luiza, ampliada por João Luíz Marinho, para fazer a divisa “de valão a valão”, entre o valão que corre da Rua Nilo Peçanha, antiga Rua da Chácara e outro, o valão do Botelho que havia na saída para Miracema.
Essas terras foram doadas para Frei Florido aldear, ali, os índios Puris e os catequizasse, em sua missão evangelizadora, convertendo-se ao cristianismo.
O proprietário João Francisco Pinheiro deu liberdade a Frei Florido de escolher o local que desejasse e ele escolheu as terras ao lado da Cachoeira, à margem esquerda do Rio da Pomba, como era, então, chamado o rio Pomba, e que essas terras mediam cerca de cento e sessenta braças, portanto, 352 metros lineares. Quando estava prestes a ser lavrada a escritura, outro fazendeiro, João Luiz Marinho, que tinha suas terras limítrofes a essas, deu, a pedido de Frei Flórido, outra igual porção de terra, isto é, mais 160 braças, portanto, totalizando 320 braças equivalendo, no cumprimento, ao total de 704 metros lineares de terra margeando o rio e, de largura, as terras eram para Frei Florido fazer, ali, sua moradia e assim a divisa ficar “de valão a valão”, no local onde, em 1850, 17 anos depois, foi construído o sobrado no qual moravam os párocos, os padres da paróquia de Santo Antônio de Pádua, denominado, mais tarde, “Sobrado do Padre Domingos” por ter esse sacerdote morado nele durante 26 anos, denominação essa que perdurou durante longo tempo, prédio que ainda existe, situado à Rua Dr. Ferreira da Luz, nº 455, antiga Rua de Cima, ex-residência da família de José Ferreira.
A escritura desse primeiro lote de terra doado e demarcado na mesma hora, foi passada em 26 de julho de 1833 pelo escrivão Domingos Garcia de Melo, de São José de Leonissa da Aldeia da Pedra (Itaocara), trazido, ao local, por Frei Flórido e que o segundo lote teve a escritura passada pelo mesmo escrivão em 28 de setembro do mesmo ano. João Francisco Pinheiro, por ser devoto de São Félix, pediu que Frei Flórido erguesse a capela em louvor a esse santo de sua devoção e assim foi feito pelo Frei, usando mão de obra dos índios Puris, habitantes dessas terras, construindo a capela em um morrote que havia onde hoje é a Praça Visconde Figueira, morrote esse removido em 1883, como consta em ata lavrada, naquela época, por essa Câmara. João Francisco Pinheiro exigiu de Frei Florido que o lugar se chamasse Arraial da Cachoeira, e que ficasse sob invocação de São Félix, seu santo de devoção. Assim foi feito e surgiu a localidade que passou, tempos depois a se chamar Arraial de São Félix. Mais tarde em 1841, graças à dedicação de outro capuchino não menos Frei Bento Ângelo de Gênova, surgiu a Capela de Santo Antônio e a localidade passou a ser chamada Arraial de Santo Antônio de Pádua.
Fonte: SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA (RJ). Câmara. Disponível em: https://www.santoantoniodepadua.rj.leg.br/institucional/historia. Acesso em: 18 jun. 2021.
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de Santo Antônio de Pádua, por Lei Provincial n.° 296, de 01-06-1843 e por Deliberação Estadual de 13-10-1891 e pelos Decretos Estaduais n.ºs 1, de 08-05-1892 e 1-A de 03-06-1892, no município de São Fidélis.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Santo Antônio de Pádua, por Lei ou Decreto Provincial n.° 2.597, de 02-01-1882, desmembrado de São Fidélis. Constituído do distrito sede. Instalado em 26-02-1883.
Pela Deliberação de 13-04-1883 e por Decretos Estaduais n.ºs 1, de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, é criado o de Miracema (ex-povoado) de Santo Antônio de Brotos e anexado ao município de Santo Antônio de Pádua.
Elevado à condição de cidade e sede municipal com a denominação de Santo Antônio de Pádua pelo Decreto Estadual n.° 17, de 27-12-1889.
Pela Deliberação de 19-09-1891, e pelos Decretos Estaduais n.ºs 1, de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, são criados os distritos de Aperibé, Ibitiguassu e Santa Cruz de Monte Alegre e anexados ao município de Santo Antônio de Pádua.
Pela Deliberação de 19-09-1891 e deliberação de 13-10-1891, e pelos Decretos Estaduais n.ºs 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, é criado o distrito de Marangatu e anexado ao município de Santo Antônio de Pádua.
Pela Lei Estadual n.º 201, de 06-12-1895, o distrito de Aperibé passou a denominar-se Chave do Faria.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município se compunha de 6 distritos: Santo Antônio de Pádua, Chave do Faria (ex-Aperibé), Ibitiguassu, Miracema, Marangatu e Santa Cruz de Monte Alegre.
Pela Lei Estadual n.º 1.271, de 10-11-1915, o distrito de Ibitiguassu passou a denominar-se Monte Alegre.
Pela Lei Estadual n.º 1.508, de 16-11-1918, o distrito de Santa Cruz de Monte Alegre passou a denominar-se São Pedro de Alcântara.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 6 distritos: Santo Antônio de Pádua, Chave do Faria, Marangatu, Miracema, Monte Alegre (ex-Ibitiguassu) e São Pedro de Alcântara (ex-Santa Cruz de Monte Alegre).
Pela Lei Estadual n.º 1.728, de 09-11-1921, é criado o distrito de Paraíso de Tobias com terras desmembrada do distrito sede de Santo Antônio de Pádua e Miracema e anexado ao município de Santo Antônio de Pádua.
Pela Lei n.º 1.794, de 31-12-1923, o distrito de Santa Cruz volta a denominar-se Santa Cruz de Monte Alegre.
Pela Lei Estadual n.º 1.879, de 18-11-1924, são criados os distritos de Ibiguaçu e Paraoquena e anexados ao município de Santo Antônio de Pádua.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Santo Antônio de Pádua é constituído de 9 distritos: Santo Antônio de Pádua, Chave do Faria, Ibitiguaçu, Marangatu, Miracema, Monte Alegre, Paraíso do Tobias, Paraoquena e Santa Cruz de Monte Alegre.
Pelo Decreto Estadual n.º 3.401, de 07-11-1935, são desmembrados do município de Santo Antônio de Pádua os distritos de Miracema e Paraíso do Tobias, para formar o novo município de Miracema.
Em divisões territoriais datadas de 31-Xll-1936 e 31-Xll-1937, o município é constituído de 7 distritos: Santo Antônio de Pádua, Chave do Faria, Ibitiguaçu, Marangatu, Monte Alegre, Paraoquena e Santa Cruz de Monte Alegre.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 392-A, de 31-03-1938, é criado o distrito de Baltazar e anexado ao município de Santo Antônio de Pádua.
Pelo Decreto Estadual n.º 641, de 15-12-1938, o distrito de Santa Cruz de Monte Alegre passou a denominar-se simplesmente Santa Cruz.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 8 distritos: Santo Antônio de Pádua, Baltazar, Chave do Faria, Ibitiguaçu, Marangatu, Monte Alegre, Paraoquena e Santa Cruz (ex-Santa Cruz de Monte Alegre).
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.056, de 31-12-1943, o distrito de Chave do Faria passou a denominar-se Aperibé, Santa Cruz a denominar-se Ibitinema e o distrito de Monte Alegre passou a denominar-se Ibitiporã.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 8 distritos: Santo Antônio de Pádua, Aperibé (ex-Chave do Faria), Baltazar, Ibitiguaçu, Ibitinema (ex-Santa Cruz), Ibitiporã (ex-Monte Alegre), Marangatú e Paraoquena.
Em divisão territorial datada de 1-Vll-1955, o município é constituído de 8 distritos: Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Baltazar, Ibitiguaçu, Ibitinema, Ibitiporã, Marangatu e Paraoquena.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-Vll-1960.
Pelo Decreto Legítimo n.º 128, de 24-01-1967, homologado pelo Decreto Legítimo n.º 135, de 08-08-1967, o distrito de Ibitinema voltou a denominar-se Santa Cruz e o distrito de Ibitiporã a denominar-se Monte Alegre.
Em divisão territorial datada de 1-1-1979, o município é constituído de 8 distritos: Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Baltazar, Ibitiguaçu, Marangatu, Monte Alegre (ex-Ibitiporã), Paraoquena e Santa Cruz (ex-Ibitinema).
Pela Lei Estadual n.º 1.985, de 10-04-1992, é desmembrado do município de Santo Antônio de Pádua o distrito de Aperibé. Elevado à categoria de município.
Pela Lei n.º 2.218, 30-06-1993, é criado o distrito de São Pedro de Alcântara e anexado ao município de Santo Antônio de Pádua.
Em “Síntese” de 31-Xll-1994, o município é constituído de 8 distritos: Santo Antônio de Pádua, Baltazar, Ibitiguaçu, Marangatu, Monte Alegre, Paraoquena, Santa Cruz e São Pedro de Alcântara.
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 9 distritos: Santo Antônio de Pádua, Baltazar, Campelo, Ibitiguaçu, Marangatu, Monte Alegre, Paraoquena, Santa Cruz e São Pedro de Alcântara.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2021.
Região Geográfica
Microregião: Santo Antônio de Pádua
Mesoregião: Noroeste Fluminense
UF: Rio de Janeiro
Região: Sudeste